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Noitada de Jazz traz fagote e violões
A fagotista norte-americana Janet Grice e o Mauro Albert Gypsy Jazz são atrações desta sexta-feira (dia 20), no Jazz in Festival
por 32º FML - Alea/Doc
Violão e Fagote no Jazz in Festival Foto: Divulgação

O penúltimo dia do Jazz in Festival, nesta sexta-feira (dia 20), será aberto por uma atração internacional, mas que mantém uma ligação forte com o Festival de Música de Londrina: a fagotista norte-americana, Janet Grice. E improvisação não faltará na apresentação, marcada para as 22h30, no Bar Valentino.

“Quando se toca Jazz, o músico acaba criando algo em cima de um tema. Eu gosto dessa liberdade”, diz Janet Grice, que é professora de Fagote no 32º FML. Essa é a quarta vez consecutiva que a musicista integra o corpo docente do festival.

Janet Grice estará acompanhada dos seguintes músicos: Mateus Gonsales (teclado), Paulo Siqueira (bateria), Glauco Solter (baixo elétrico), além da participação especial de Jairo Wilkens (clarinete) e Rodrigo e Castro (flauta).

A maioria dos temas selecionado é de compositores brasileiros, entre eles Hermeto Pascoal (Bebê), César Camargo Mariano (“Samambaia”) e Tom Jobim (“Wave”, “Triste”, “A Felicidade”), só para citar alguns. “A música brasileira é uma das minhas paixões. Nos Estados Unidos, eu toco muitas canções de compositores daqui”, afirma Janet Grice.

A “paixão” pela música brasileira começou no começo dos anos 80, quando a musicista veio pela primeira vez ao País para fazer um concurso na Orquestra do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Passou nos testes, mas resolveu retornar aos Estados Unidos por conta da demora em ser chamada para ocupar a função de fagotista da corporação.

O retorno aconteceria em 1985, quando Janet ganhou uma bolsa de estudo da Fulbright , instituição norte-americano de intercâmbio, para pesquisar a música brasileira. Permaneceu durante um ano. “A música feita no Brasil é muito rica” afirma.

Jazz Cigano

A segunda atração do Jazz in Festival é “Mauro Albert Gypsy Jazz”. O grupo londrinense renderá tributo a Jean "Django" Reinhardt, guitarrista de jazz belga de origem cigana, e criador do estilo Gypsy Jazz. Ou Jazz Cigano.

O sexteto é composto pelos seguintes músicos: Mauro Albert (violão), Celso Pacheco (violão rítmico), Christian Laredo (violão rítmico), Isaias Santos (baixo), Wagner Costa (violino) e Wesley Florêncio (saxofone). A base do grupo Poucas e Boas, em atividade há dois anos, com convidados. ”O grupo sexteto foi composto especialmente para o Jazz in Festival. Nossa intenção é passar boa energia para o público. O show será de festa, mas terá também momentos de intimismo”, informa Mauro Albert.

O repertório contém temas de Django Reinhardt como “Swing 42”, “Douce Ambiance”, “Dinette”,” Minor Swing”, entre outras. “Para mim, o Django é o maior instrumentista de cordas que eu já ouvi. Com apenas dois dedos, ele criou uma técnica incrível ao violão, além de ter deixado um legado quem cresce cada vez mais no mundo”, afirma Albert. Ele se refere a um incêndio, em 1928, em que o músico perder a mobilidade de dedos da mão esquerda. Django morreu com 43 anos.

Sobre Janet Grice - A Profa. Dra. Janet Grice lecionou na Universidade de Rutgers, na St. Joseph’s College de Nova York e no Instituto Lincoln Center. Atualmente ensina fagote na escola de música de Hoff Barthelson e leciona música instrumental no Fordham Arts High School, em Nova York. Como bolsista do Fulbright conduziu pesquisa no Brasil sobre a música brasileira e a música latino-americana. Janet é habilitada tanto para a música clássica quanto para o jazz, e costuma, como um compositor, fundir as duas linguagens. Seus professores de jazz incluem George Coleman, Ran Blake, e Jim McNeely. Tocou fagote por 25 anos com músicos como Don Cherry, Paulo Moura, Karl Berger, orquestra de Mingus, Butch Morris. Também teve seus próprios conjuntos. Ministrou cursos de jazz na UniRio/RJ e no Conservatório Gabriel Fauré em Angoulême, França. É familiar com os desafios que cercam os instrumentistas que querem improvisar, mas não possuem experiência para tal. Dra. Grice é diretora do Vento Trio, e recebeu uma bolsa do USArtists International para participar do 29º e 30º. Festival de Música de Londrina. Esta é a quarta vez que ela ministra aulas no FML.

Sobre Mauro Albert -  Mauro Albert (1976)- violonista, violeiro e guitarrista, natural de Curitiba Paraná gravou 4 cds instrumentais com composições próprias dedicadas a viola caipira.  Foi premiado pela Academia de Cultura do Paraná nos anos de 2002 e 2003. Gravou seu Cd como violeiro mais recente com: Guinha Ramires e  Alessandro Bebe"Kramer- "Águas do Sul" 2010. Nos últimos anos tem se dedicado a pesquisa e estudo da música e da cultura cigana manouche. Estudando a musica de Django   Reinhardt descobriu um novo ânimo e intimidade com o "Jazz Manouche". Formou o grupo "Poucas e Boas" que interpreta temas de Django e clássicos do Jazz Cigano. Por acaso do destino conheceu o violonista frances Louis Plessier, que foi casado por 40 anos com a sobrinha de Django Reinhadt, com uma recíproca admiração musical e pessoal nasce "Drom Manouche" trabalho em duo de composições próprias. Atualmente esta em fase de pré-produção de seu primeiro CD solo de Jazz Manouche, com forte influência da música brasileira e do sul do País, ainda arriscando as influências obtidas com a viola de 10 cordas.

 

SERVIÇO

Jazz in Festival. 32º FML

Janet Crice e Mauro Albert Gypsy Jazz

Dia 20 - sexta, às 22h30,

Bar Valentino (Avenida Faria Lima, 486).

Coordenação Musical: Kiko Jozzolino.

Ingressos: R$ 30,00 e R$ 15,00 (estudantes e professores do FML)

Vendas só no Bar Valentino.


Assinatura:

O Festival de música tem a direção artística do pianista Marco Antônio Almeida e é uma realização da Secretaria de Estado da Cultura - Governo do Estado do Paraná // Secretaria Municipal da Cultura - Prefeitura do Município de Londrina // Casa de Cultura - Universidade Estadual de Londrina e Associação de Amigos do FML. O evento tem o apoio do Londrina Convention Bureau.

Patrocínio: Lei de Incentivo a Cultura/ Ministério da Cultura, Caixa, Copel, Plaenge.

Co-patrocínio: Unimed, Colégio Maxi, Verniè Citröen, Marajó, SESI, Royal Plaza, Sonkey.

Apoio: Teatro Guaíra/ Conta Cultura, ACIL, Colégio Mãe de Deus, Sesc Paraná,  Artis Colegium, Paróquia Sagrado Coração de Jesus,Rádio Universidade, MultiTV, Itamaraty, Colégio Marista, Crilon Hotel, Sercomtel, Teatro Crystal, Restaurante Alameda, Informática & Cia e Sanepar.

 


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